quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A ESCRITA DOS CÁLCULOS E AS TÉCNICAS OPERATÓRIAS.


AS DIFERENTES FORMAS DE REGISTRAR OS CÁLCULOS
E AS TÉCNICAS OPERATÓRIAS

"Da incerteza do cálculo é que resulta o indiscutível prestígio da Matemática." – (Beremiz Samir apud Malba Tahan)

A palavra cálculo vem do latim “calculus”, que significa “bola”, “pedra”, referência à forma como os romanos calculavam, o que nos faz lembrar o instrumento ábaco. Atualmente a palavra cálculo é usada para qualquer operação matemática. (COLL; TEBEROSKY, 2002) Nós temos por hábito cotidiano, fazer cálculos mentais, mas isso nem sempre é possível, por isso o uso de lápis, papel, caneta para registros ou instrumentos como, o ábaco, a calculadora, o celular, o computador para facilitar a solução das operações. 
Ensinar os alunos os significados e as técnicas das operações matemáticas, não garante que esses compreendam e interpretem de maneira significativa os problemas e situações cotidianas de modo a buscar soluções e resolver os mesmos. Dentro dessa perspectiva é fundamental que o professor (a) estimule seu aluno a contextualizar a matemática, para que esse invente e reinvente maneiras de solucionar situações-problemas da sua realidade de maneira criativa, diferente do tradicional e ousada.
Assim, a utilização de jogos e brincadeiras (por exemplo: ábaco, material dourado, pega varetas, boliche, torre de hanói, xadrez, boliche, cubo mágico, etc) como metodologia, é um modo de estimular o raciocínio das crianças e fazer com que elas visualizem as questões, tornando-as mais notáveis e consequentemente, mais compreensíveis e passíveis de soluções. Proporcionar situações e utilizar recursos como a calculadora, também é de relevância, uma vez que a sociedade utiliza esses instrumentos de cálculos.
Alguns autores apresentam técnicas criativas de resolver situações e servem como exemplo e estimulante para que a criatividade seja uma habilidade presente em nós. Um bom exemplo é a obra “O Homem que Calculava” do autor brasileiro, Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido pelo  heterônimo de Malba Tahan, que conta às aventuras de um homem singular e suas soluções fantásticas para problemas aparentemente insolúveis, ensinando a matemática por meio da ficção, do lúdico e de forma prazerosa.
Dentro da obra o autor apresenta um desafio chamado “quatro quatros”, aonde o objetivo é formar números inteiros (de 1 a 100, exceto o 41) usando apenas o algarismo 4 e operações aritméticas elementares. Por exemplo, para formar o número 3, podemos fazer 3 = (4 + 4 + 4) / 4. (cap. 7)
Luzia Faraco Ramos, na obra “Conversa sobre números e operações”, também apresenta diversas técnicas operatórias como, por exemplo, a utilização do material dourado para realizar operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. O uso desse material estruturado, criado pela educadora italiana Maria Montessori, auxilia professores em diferentes países. Montessori costuma dizer que “é agindo que a criança adquire conhecimento, porque o intelecto passa pelas mãos [...]”. (MONTESSORI, apud RAMOS, 2002, p.54)
A matemática, portanto, não pode ser mecânica, matéria de cópia e repetição, mas deve ser reinventada e ensinada de forma criativa, vista como uma disciplina de extremo significado, uma vez que está inserida no modo de vida e na realidade da sociedade atual.


BIBLIOGRAFIA

TEBEROSKY, Ana. COLL, César. Aprendendo Matemática: Conteúdos essenciais para o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série. Editora Ática, 1999.

TAHAN, Malba. O homem que calculava. Rio de Janeiro: Editora Record. 2001.

RAMOS, Luzia F. Conversas sobre números, ações e operações: uma proposta criativa para o ensino da matemática nos primeiros anos. São Paulo: Ática, 2009.

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